domingo, 6 de maio de 2012

Alô, alô marciano... Aqui quem fala é da terra!


Nessa semana tive que fazer algo não muito comum, pelo menos para mim, comprar um novo celular. Prefiro poucas mudanças, mas como meu antigo aparelho estragou, fiquei sem opção. Passo a maior parte do meu tempo longe de casa, por isso, rapidamente fiz outra aquisição.
Comprar um celular novo é um tormento. Os botões que antes chamavam, agora mandam mensagem, os que desligavam, acessam a internet e os que tiravam foto, tocam música.
Ao sair da loja, me senti um verdadeiro dinossauro tecnológico. Mas, o que mais despertou minha atenção, nos quase dois dias sem celular, foi à dependência causada por ele. Esse pequeno aparelho me traz conforto e segurança. Estranha realidade.
Dizem alguns cientistas que essa percepção tem nome e explicação, chama-se nomofobia. O termo designa o desconforto ou angústia causados pela incapacidade de comunicação, através de aparelhos celulares ou computadores. Para as vítimas da síndrome o celular é praticamente um membro da família.  
Acredito não fazer parte desse grupo de pessoas. Eu acho que não, será? Porém, devo admitir que atualmente o celular tornou-se um aparelho fundamental para a sobrevivência humana. Com a correria diária e os constantes desencontros, a única forma de diálogo ocorre via telefone. Muitas famílias vivem juntas, mas dificilmente encontram-se dentro da própria residência. Quando um sai o outro chega, e quando um chega o outro sai.
As novas tecnologias trouxeram facilidades para o cotidiano. Entretanto, também modificaram negativamente as relações familiares. Recebemos abraços e beijos virtuais. Esquecemos o valor do olhar, do toque e do cheiro.  Ao invés disso, apreciamos mensagens pelo facebook, solicitações de amizades online, ligações para a vizinha do apartamento ao lado.
O celular ajuda a manter contato com pessoas distantes, porém NADA substitui o mundo real. Precisamos aprender a utilizar as novas tecnologias da melhor maneira, de forma que elas agreguem, e não excluam sentimentos e sensações. Sejamos mais humanos e menos robóticos. Não deixamos que a vida aconteça no modo automático. 

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